Comissão Mineira de Folclore – 67 Anos

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Raimundo Nonato de Miranda Chaves

A Comissão Mineira de Folclore (CMFl) celebrou 67 anos de sua fundação, em 1948, por um grupo de intelectuais mineiros liderados por Aires da Mata Machado Filho. Durante 67 anos a CMFl tem atravessado períodos de alta e de baixa; às vezes prestigiada e aplaudida, outras vezes abandonada e esquecida. Instituição respeitada com rico patrimônio imaterial, com sede e outras benesses, para, no período seguinte, ser desalojada de sua sede e ver seu patrimônio material delapidado. Parece cíclico como em tantos fenômenos naturais. Felizmente, no momento presente, a CMFl vive parte positiva de um período, diria que a CMFl está na parte de crescimento da curva. Isto é muito bom e nós, todos nós, membros efetivos da Comissão devemos envidar esforços para manter este viés de crescimento. Analisando este modelo cíclico, com períodos positivos seguidos de períodos negativos, seja crescendo em produção e prestigio, seguido de indolência e desrespeito no período seguinte; nos leva a pensar nas possíveis causas que levam a inversão do processo de desenvolvimento da instituição. A última inversão da curva de desenvolvimento da CMFl, a inversão que fez com que esta instituição atingisse o viés de crescimento, eu credito ao trabalho sistemático e incansável do atual presidente e lider José Moreira de Souza.

O Professor José Moreira de Souza, eleito e empossado presidente, em 05 de março de 2012, reconduzido em 2014, pegou o pião na unha, saiu a campo com o objetivo de colocar a CMFl nos trilhos, no lugar a que tem direito. Ele não podia prescindir do apoio de órgãos de governo. Sabendo disto, o ilustre presidente contatou órgãos em todos os níveis de governo: municipal, estadual e federal. Buscou e formou parcerias com organizações da sociedade civil, tais como CPCD, AFAGO e SENAC.

Importante salientar que nosso incansável presidente conseguiu obter reconhecimento e apoio, como provam as presenças à Reunião para celebração dos 67 anos de fundação. Como provam outras ocorrências: A CMFl havia sido desalojada de sua sede, em 2011, quando da transferência da sede do Governo do Estado para a Cidade Administrativa. Sem sede, sem local para alojar o que restou de seu patrimônio material, o presidente se socorreu com a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Obteve assim espaço no Centro Cultural Salgado Filho, sito à Rua Nova Ponte 22, onde instalar a CMFl. Nosso presidente, agora mais aliviado, continuava em busca de dias melhores. Conseguiu, com a mesma Fundação Municipal de Cultura, fazer da CMFl curadora do Centro de Referencia da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, sito à Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã, Belo Horizonte. Com direito a usar espaço para exposição de seu patrimônio. Na foto o casarão da Lagoa do Nado.

O ilustre presidente conseguiu formar parcerias: com a Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia (AFAGO) que disponibilizou sua sede, sita à av. Amazonas, 115; com instituições que sempre disponibilizam confortáveis auditórios para as celebrações: da Fundação Municipal de Cultura, na Rua da Bahia; da Biblioteca Luiz de Bessa, na Praça da Liberdade; do SESC Minas, na Rua dos Tupinambás.

O melhor está por vir. A promessa pública e solene do Senhor Secretário de Estado da Cultura, Doutor Ângelo Oswaldo, durante a celebração do 67º. aniversário da CMFl, de instalar a Comissão no Palácio onde funcionava a Secretaria de Estado da Viação. Este edifício, conforme esclarecimento do Secretário, é um dos quatro palácios construídos em primeiro lugar na Praça da Liberdade. Os outros são: A sede do Governo do Estado, o edifício da Secretaria da Fazenda e o edifício da Secretaria da Educação.

Ao transformar promessa em realidade, a Comissão Mineira de Folclore terá sua sede junto do IEPHA. A noticia foi recebida com emoção e aplausos. Frei Chico, eu estava próximo dele, sorrindo me falou: Eu não esperava tanto.

Além do trabalho em busca de apoio e reconhecimento, agora dando frutos, professor Moreira cuidou de regularizar a publicação do Boletim Carrancas, com quatro edições por ano, desde 2012 e mais uma edição especial naquele ano. Cuidou de regularizar a edição anual da Revista da Comissão Mineira de Folclore, com duas edições, uma especial em 2014 dedicada aos 300 anos do Convento de Macaúbas. Moreira ainda editou, doou à CMFl e autografou “A Sombra do Andarilho”, como um dos eventos comemorativos da 46ª. Semana do Folclore. Livro considerado, por Paiva Moura, a antologia do folclore.

O professor Moreira, primeiro vice-presidente da Comissão Nacional de Folclore, está envolvido na realização do XVII Congresso Brasileiro de Folclore. Evento previsto para acontecer em Belo Horizonte, no próximo mês de outubro. Coroando sua administração.

A Reunião de associados da Comissão Mineira de Folclore (CMFl) e ilustres convidados aconteceu no dia 17 de março de 2015, com o objetivo de celebrar o 67º. Aniversário da entidade. Precisamente às 20:00 horas, na Biblioteca Luiz de Bessa, sita na Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Deu-se inicio aos trabalhos da noite, quando a secretária da CMFl, Juliana Correa, mestra de cerimonia, convidou a Banda de Pífano de Acuruí a se apresentar. A banda, duas flautas e dois tambores, entrou no recinto em fila indiana apresentando o primeiro número musical. Outros números foram apresentados e sempre muito aplaudidos pela plateia atenta.

A mesa que presidiu os trabalhos foi composta, tendo como figura central o ilustre Secretário de Estado da Cultura Doutor Ângelo Oswaldo, completando a mesa: representante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) professor Ricardo; representante da Fundação Municipal de Cultura; representante do Senhor Prefeito Municipal a Superintendente da Biblioteca Municipal; Presidente da CMFl Professor José Moreira de Souza.

Cada um dos componentes da mesa fez breve discurso, atendendo ao que determinou o protocolo: O professor Ricardo salientou sua posição como elemento de ligação da CMFl com a UFMG; O representante da Fundação Municipal de Cultura comentou sobre o lançamento do 1° Prêmio “Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte”. Premio instituído com o intuito de reconhecer e valorizar a atuação dos mestres e mestras da cultura popular, responsáveis pela transmissão e perpetuação de tradições que compõem o patrimônio cultural imaterial da capital mineira; A representante do Senhor Prefeito Municipal trouxe a palavra de apoio e estimulo daquela autoridade aos trabalhos da CMFl; O professor José Moreira distribuiu a última edição do Boletim Carranca e comentou sobre leitura e principalmente sobre “conversa”, sobre transmissão oral; Fechando o ciclo de discursos falou o Senhor Secretário de Cultura. Comentou sobre sua relação antiga com o presidente Moreira, falou do desalojamento da CMFl e prometeu a nova sede, junto ao IEPHA , no palácio conhecido como Secretaria da Viação.

A professora Katia Cupertino, da UFMG e o senhor Marcus Lobus, da Fundação Municipal de Cultura apresentaram, no sistema “data show” e alternando a fala, a proposta para realização do XVII Congresso Brasileiro de Folclore.

A mestra de cerimonia, antes de encerrar, franqueou a palavra e dela aproveitou o doutor Mauro Werkema, presidente da Belotur trazendo o apoio da entidade que representa. Cumpre ressaltar que doutor Werkema é presença constante nas celebrações da CMFl.
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